Tuesday, June 06, 2006

Pormenorizando a farra

Em sua edição de junho/06, a respeitável revista Nossa História traz entrevista de quatro páginas com o decano do jornal O Estado de São Paulo, Ruy Mesquita. Lá pelas tantas, reclamando da pressão exercida pelo ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci sobre o jornal, que estava na iminência de publicar a entrevista do caseiro Francenildo Costa, Mesquita declara o seguinte:

"Aí, ele brigou mesmo. O Palocci me ligou no domingo de tarde para dizer que ia sair uma entrevista assim, asssado e me pedindo para impedir, porque era tudo mentira. Eu respondi: 'A única coisa que eu te prometo é que ela não saia amanhã. Primeiro, preciso saber do que se trata'. Ele dizia que eram coisas íntimas. Eu afirmei: 'Olha, isso não é material que o Estado use, se tiver esse tipo de coisa, eu garanto a você que não sai. Agora, o resto eu vou ver'. De fato tinha tinha umas coisas mais pormenorizadas sobre as farras que nós tiramos. O resto, publicamos. (grifo meu) E aí deu no que deu. Para meu supremo desgosto, porque acho que o Brasil perdeu enormemente com a saída dele. Não é o senhor Mantega que vai segurar isso aí."

Do exposto, achei que faltaram duas perguntas ao nobre sr. Mesquitão.

Primeira: como é que alguém invoca direito à intimidade quando o assunto em pauta é suruba - no caso, paga com dinheiro público?

Segunda: pormenorizada, a farra nos deixaria mais ou menos revoltados que já estamos?

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